miércoles, 26 de mayo de 2010

Bicentenario

Bicentenario. 200 años de historia... ¿que no es nada?
Compusimos más de 200 partituras.
Nos hemos divertido muchísimo.
Edificamos más de 200 mil escuelas.
Viajamos grandes distancias.
Seguimos apostando a la investigación.
Tenemos 200 grandes empresas.
Mandamos satélites al espacio.
Queremos eliminar el hambre.
Sabemos que el trabajo dignifica.
Nos cuidan más de 200 hospitales públicos.
Luchamos contra la discriminación.
Esperamos urbanizar las villas de emergencia.
Exigimos mayor seguridad.
Prendemos la luz.
Hay más de 200 empresas cotizando en la Bolsa.
Todos los días soñamos nuevos proyectos.
Seguimos recibiendo inmigrantes.
Nos oponemos a las guerras.
Tenemos más de 200 mil ciudades.
Nos impulsan nuestras creencias.

Bicentenario. 200 años de historia.
Somos climas, teatros y pelotas de fútbol.
Estamos aprendiendo, alimentandonos y sonriendo.
Amamos nuestros productos, medio ambiente y nuestros escenarios.
Saludamos nuestras tradiciones, nuestros recursos y nuestro progreso.
Tenemos instrumentos, más de 200 particularidades y desarrollo.
Reunimos artillería, libertad y espiritualidad.
Damos energía y recibimos prestamos, damos calidad y recibimos comercio.
Hacemos negocios, remedios y matemáticas.
Decimos ilustraciones, valores, descubrimientos y fronteras.
Traemos documentación, experiencias y tubos de ensayo.
Sabemos de cultivos, del tercer sector, de fuerzas armadas y de represión.
Vemos reformas, conectividad y reivindicaciones.
Podemos con la maquinaria pesada, con los presupuestos, con las bacterias y con la política.
Queremos rituales, oportunidades y guardapolvos.
Valemos más de 200 clubes, más de 200 mil partículas y más de 200 millones de trajes.
Reimos con placer, con el electorado, en los laboratorios y con el cooperativismo.

Bicentenario. 200 años de historia... ¿qué no es nada?
Nos entrenamos en los gimnasios.
Nos gusta vestirnos a la moda.
Recuperamos una flota de 200 aviones.
Admiramos a nuestros maestros.
Donde plantemos, nuestra tierra fertil brotará.
Descubrimos y combatimos virus.
Usamos más de 200 millones de herramientas.
Inventamos robots.
Continuamos con nuestra capacidad emprendedora.
Hace casi 200 años abolimos la esclavitud.
Somos corteses.
Buscamos la identidad de más de 200 chicos nacidos en cautiverio.
Peleamos contra las adicciones.
Queremos seguir en democracia.
Mejoramos cada día nuestra infraestructura.
No nos olvidamos de la hiper-inflación.
Tampoco perdemos la esperanza.
Seguimos aprendiendo a ser diplomáticos.
No necesitamos camuflarnos.
Y continuamos migrando.

Bicentenario. 200 años de historia.
Hacemos cine, atletismo, creatividad y excursiones.
Damos billetes, agua potable y vacunas.
Reunimos 200 mil extranjeros, mandamientos, decisiones y abogados.
Tenemos medios de transporte, sindicatos y diversidad.
Saludamos a la producción, a la credibilidad, al diseño y a la prevención.
Amamos los buques, la constitución y el mundo.
Estamos exportando, distribuyendo, anticipando y evangelizando.
Somos futuro, integración, talleres militares y actores.
Nos reimos del ocio, con los chicos y del riesgo país.
Valemos el esfuerzo, las estrategias, las potencialidades y la cosecha de maíz.
Decimos higiene, comercio y orden social.
Queremos satisfacción, proveedores, derechos y consumo.
Traemos danzas, originalidad y becas.
Sabemos de racismo, de contactos, de jeringas y amuletos.
Podemos experimentar, obtener más de 200 resultados y pescar.
Vemos arte, indigencia, licitaciones y empresas.

Bicentenario. 200 años de historia... ¿qué no es nada?
Estamos orgullosos de nuestros talentos.
Y somos competitivos.
Con ideas firmes, somos idealistas.
Tenemos más de 200 paisajes deslumbrantes.
Apostamos siempre a un mayor crecimiento.
Protejemos nuestros recursos naturales.
Nos transformamos en un polo informático.
Producimos más de 200 toneladas de materias primas.
Aspiramos a mejorar los salarios.
Proponemos una real inclusión de todos.
Rechazamos cualquier tipo de diferencias de piel o religión, etc.
Queremos nuestro bienestar.
Prometemos respetar la legalidad.
Seguimos construyendo más de 200 mil kilómetros de rutas.
No volveremos a hipotecar nuestro patrimonio.
Organizamos mejor nuestras inversiones.
Queremos tener más de 200 millones de amigos.
Desaprobamos cualquier tipo de ataque.
Debemos preservar nuestra biodiversidad.
Nuestro misticismo es sagrado.

Bicentenário

Bicentenário. 200 Anos de história... que não é nada?
Compusemos mais de 200 partituras.
Temo-nos divertido muitíssimo.
Edificamos mais de 200 mil escolas.
Viajamos grandes distâncias.
Seguimos apostando à investigação.
Temos 200 grandes empresas.
Mandamos satélites ao espaço.
Queremos eliminar a fome.
Sabemos que o trabalho dignifica.
Cuidam da gente mais de 200 hospitais públicos.
Lutamos contra a discriminação.
Esperamos urbanizar as favelas.
Exigimos maior segurança.
Acendemos a luz.
Temos mais de 200 empresas cotizando na Bolsa.
Todos os dias sonhamos novos projetos.
Seguimos recebendo imigrantes.
Nos opomos às guerras.
Temos mais de 200 mil cidades.
Impulsam-nos nossas crenças.

Bicentenário. 200 Anos de história.
Somos climas, teatros, e balões de futebol.
Estamos aprendendo, nos alimentando e sorrindo.
Amamos nossos produtos, meio ambiente e nossos cenários.
Saudamos nossas tradições, nossos recursos e nosso progresso.
Temos instrumentos, mais de 200 particularidades e desenvolvimento.
Reunimos artilharia, liberdade e espiritualidade.
Damos energia e recebemos empréstimos, damos qualidade e recebemos comércio.
Fazemos negócios, medicamentos e matemáticas.
Dizemos ilustrações, valores, descobrimentos e fronteiras.
Trazemos documentação, experiências e tubos de ensaio.
Sabemos de cultivos, do terceiro setor, de forças armadas e de repressão.
Vemos reformas, conectividade e reivindicações.
Podemos com a maquinaria pesada, com os orçamentos, com as bactérias e com a política.
Queremos rituais, oportunidades e guarda-pós.
Valemos mais de 200 clubes, mais de 200 mil partículas e mais de 200 milhões de ternos.
Rimos com prazer, com o eleitorado, nos laboratórios e com o cooperativismo.

Bicentenário. 200 Anos de história... que não é nada?
Treinamos nas academias de ginástica.
Gostamos de vestir à moda.
Recuperamos uma frota de 200 aviões.
Admiramos nossos mestres.
Onde plantarmos, nossa terra fértil brotará.
Descobrimos e combatemos vírus.
Usamos mais de 200 milhões de ferramentas.
Inventamos robôs.
Continuamos com nossa capacidade empreendedora.
Faz casi 200 anos abolimos a escravidão.
Somos cortêses.
Procuramos a identidade de mais de 200 meninos nascidos em cativeiro.
Brigamos contra as adições.
Queremos seguir em democracia.
Melhoramos cada dia nossa infra-estrutura.
Não esquecemos da hiperinflação.
Também não perdemos a esperança.
Seguimos aprendendo a ser diplomáticos.
Não necessitamos nos camuflar.
E continuamos migrando.

Bicentenário. 200 Anos de história.
Fazemos cinema, atletismo, criatividade e excursões.
Damos nota, água potável e vacinas.
Reunimos 200 mil estrangeiros, mandamentos, decisões e advogados.
Temos meios de transporte, sindicatos e diversidade.
Saudamos a produção, à credibilidade, ao desenho e à prevenção.
Amamos os buques, a construção e o mundo.
Estamos exportando, distribuindo, antecipando e evangelizando.
Somos futuro, integração, talheres militais e atores.
Rimos do ócio, com as crianças e do risco país.
Valemos o esforço, as estratégias, as potencialidades e a colheita de milho.
Dizemos higiene, comércio e ordem social.
Queremos satisfação, fornecedores, direitos e consumo.
Trazemos danças, originalidade e bolsas de estudos.
Sabemos de racismo, de contatos, de seringa e amuletos.
Podemos experimentar, obter mais de 200 resultados e pescar.
Vemos arte, indigência, licitações e empresas.

Bicentenário. 200 anos de história... que não é nada?
Estamos orgulhosos de nossos talentos.
E somos competitivos.
Com idéias firmes, somos idealistas.
Temos mais de 200 paisagens deslumbrantes.
Apostamos sempre para um maior crescimento.
Protegemos nossos recursos naturais.
Nos tornamos um pólo informático.
Produzimos mais de 200 toneladas de matérias-primas.
Aspiramos a melhoras os salários.
Propomos uma real inclusão de todos.
Rejeitamos qualquer tipo de diferencias de pele ou religião, etc.
Queremos nosso bem-estar.
Prometemos respeitar a legalidade.
Seguimos construindo mais de 200 mil quilômetros de estradas.
Não vamos hipotecar nosso patrimônio de novo.
Organizamos melhor nossas inversões.
Queremos ter más de 200 milhões de amigos.
Desaprovamos qualquer tipo de ataque.
Devemos preservar nossa biodiversidade.
Nosso misticismo é sagrado.

Bicentennial

Bicentennial. 200 Years of history... isn't it nothing?
We composed more than 200 musical scores.
We have entertained a lot.
We built more than 200 thousand schools.
We traveled great distances.
We keep on betting on investigation.
We have 200 big companies.
We sent satellites to the space.
We want to eliminate hunger.
We know that work dignifies.
More than 200 public hospitals take care of us.
We fight against discrimination.
We hope to urbanize the shantytowns.
We demand more safety.
We turn the light on.
There are more than 200 enterprises on the Stock Exchange.
We dream new projects every day.
We continue to receiving immigrants.
We oppose to wars.
We have more than 200 thousand cities.
Our beliefs prompt us.

Bicentennial. 200 Years of history.
We are weathers, theaters and soccer balls.
We are learning, feeding and smiling.
We love our products, environment and our scenery.
We salute our traditions, our resources and our progress.
We have instruments, more than 200 peculiarities and development.
We gather artillery, freedom and spirituality.
We give energy, medicines and maths.
We say illustrations, values, discoveries and frontiers.
We bring documentation, experiences and test tubes.
We know about farming, the third sector, armed forces and repression.
We see reforms, connectivity and re-vindications.
We can cope with heavy machinery, budgets, bacterias and politics.
We want rituals, opportunities and school dust-coats.
We worth more than 200 clubs, more than 200 thousand particles and more than 200 million suits.
We laugh with pleasure, with the electorate, in the labs and with the cooperatives.
Bicentennial. 200 years of history... isn't it nothing?
We train at the gyms.
We like to dress in fashion.
We recovered a fleet of 200 planes.
We admire our teachers.
Wherever we plant, our fertile soil will sprout.
We discovered and combat viruses.
We use more than 200 million tools.
We invented robots.
We carry on with our entrepreneur ability.
We abolish slavery almost 200 years ago.
We are polite.
We search the identity of more than 200 kids born in captivity.
We fight against addictions.
We want to go on in democracy.
We better our infrastructure each day.
We don't forget about hyperinflation.
Neither we lose hope.
We keep on learning to be diplomatic.
We don't need to camouflage.
And we continue migrating.

Bicentennial. 200 Years of history.
We make movies, athletics, creativity and outings.
We give money notes, potable water and vaccines.
We gather 200 thousand foreigners, commandments, decisions and lawyers.
We have transportation facilities, labor unions and diversity.
We salute the production, credibility, design and prevention.
We love ships, constitution and the world.
We are exporting, sharing up, foreseeing and preaching the Gospel.
We are future, integration, military workshops and actors.
We laugh of leisure, with the kids and of the country risk.
We worth the effort, the strategies, the potentialities and the corn harvest.
We say hygiene, trade and social order.
We want satisfaction, suppliers, rights and consumption.
We bring dances, originality and scholarships.
We know about racism, contacts, syringes and amulets.
We can experiment, get more than 200 results and fishing.
We see art, poverty, bidding and corporations.


Bicentennial. 200 Years of history... isn't it nothing?
We are proud of our talents.
And we are competitive.
With firm ideas, we are idealist.
We have more than 200 dazzling landscapes.
We always bet to a greater growth.
We protect our natural resources.
We transform ourself in an information technology pole.
We produce more than 200 tons of raw materials.
We aspire to better salaries.
We propose a real inclusion of all.
We reject any type of skin or religion diferences, etc.
We want our well-being.
We promess to respect legality.
We keep on building more than 200 thousand kilometers of roads.
We won't hypothecate our patrimony again.
We organize our investments betters.
We want to have more than 200 million friends.
We disapprove any type of attack.
We should preserve our biodiversity.
Our mysticism is sacred.

martes, 11 de mayo de 2010

O mistério do 42 / El Misterio del 42



No escribí este texto yo, sino que apenas lo traduzco, y para hacerlo correctamente les dejo la cita bibliográfica. Y les recomiendo la lectura de este libro, van a conocer un Ayrton Senna más personal.

MARTINS, Lemyr. Bastidores - O Mistério do 42. En su: Uma Estrela Chamada Senna / Una Estrella Llamada Senna. São Paulo. Editora Panda. 2001. pp. 116-119. ISBN: 85-87537-20-2


Ayrton Senna recibió el número 42 por mera casualidad. Pasó en la inscripción de la categoría Junior, la primera en la carrera de pilotos de kart, cuando la Federación Paulista suministró el númer ode acuerdo con el orden de inscripción. Ayrton en seguida tuvo simpatía por esos algorismos, a punto de se identificar mucho con ellos y ser por ellos identificado. Era llamado de 42 por todos los kartistas de Interlagos, e cuando más ganaba carreras y batía récords más incorporaba el 42.
Cierta vez me dijo que, aunque no supiese por qué, sentía que había una relación cabalística entre el 42 y la victoria. Admitía que esa identidad podía haber nacido por causa de la primera victoria. Tanto quedó decepcionado cuando no pudo usarlos en los campeonatos mundiales de kart en Europa, en los cuales el número de la matrícula era sorteado e él no paso de sub-campeón.
Volvió al kart brasileño e continuó ganando con el 42. En el día de la conquista del Paulista de 1976, un mecánico que nosotros solo conocíamos por el apodo de "Japa" se acercó a él y, en un tono que el piloto después me definió como de misterio e suplica, le pidió que abandonase el número 42. Ayrton no se sintió con coraje para retrucar. Quedó paralizado oyendo a Japa justificar el motivo de tal pedido:
—- El 42 es shi ni (shi es 4 y ni es 2), que en japonés, pronunciados juntos, forman la palabra "muerte".
Aquella revelación intrigó al piloto, lo que alentó a Japa a continuar la explicación:
—- Cuando un japonés cumple 41 años, entra en el yakudoshi, un período desgraciado. Para zafarse de la fase de malos augurios, el cumpleañero precisa recibir una gran fiesta espontánea de los amigos y retribuirla con la misma pompa cuando cumplir 42 años.

Ayrton Senna me contó la historia en 1989, cuando elogié su estrecha relación con el japonés Osamu Gotu, el ingeniero responsable por los potentes motores Honda que le dieron el tricampeonato mundial de F1, a bordo de los McLaren.
—— ¿Por qué te dicen el piloto más japonés del circo? Le pregunté, cuando fue tricampeón en 1991.
—— Debe ser porque creo en su trabajo y me esfuerzo por retribuir en la pista.
—— ¿Y en la creencias?, lo provoqué.
—— Bueno... ahí los respeto.
—— ¿Hasta el yakudoshi?
—— Eso ya es provocación... Pero aún tengo diez años para llegar a los 41. Hasta entonces resuelvo si acepto la fiesta y la retribuyo.

El 28 de abril de 2000, en los entrenamientos de la Indy, en Rio de Janeiro, me encontré con Japa. Estaba, lógicamente, veinte y tantos años más viejo, pero parecía centenario, un anciano, los cabellos largos apretados en una gorra azul rota y descolorida. Fue él quien me reconoció. Me saludó de lejos con sonrisas cortas y sencillos gestos de cabeza. Pasado un rato, me acordé de la historia del 42, lo busqué en el autódromo, pero aquella tarde no lo vi más.
Después de la carrera Japa se mostró nuevamente, y entonces fui rápido a su encuentro. Puedo haberme confundido, pero la impresión fue que él ya me esperaba. Gentilmente, comenzó a hablar sobre el asunto que yo tenía en la cabeza y que todavía no le había presentado.
—— Que pena, pero lo que pasó estaba escrito — me dijo.
Claro que se refería a la tragedia de Ayrton Senna, pero aún no percibía ninguna conexión entre eso y el yakudoshi. Porque Ayrton había muerto con 34 años. Sin embargo, él no me dió tiempo de lanzar mi réplica y me hizo una revelación y una profecía:
—— Shi ni, 42, muerte. ¿Recuerdas?
—— Sí.
—— BUeno, Ayrton paró en la 41ª victoria, no llegó a la 42ª.
Todavía intenté argumentos con la lógica de la coincidencia pero, otra vez educado y gentil, Japa pasó la profecía.
—— No importa que llegue a la 41ª victoria. Cuando la alcance, será con una gran... ——Hizo una pausa como si buscara la palabra cierta y continuó—— ... tristeza.
Incrédulo, porque no creo en brujas, pero que las hay, hay, me acordé de Michael $chumacher, en en aquel momento con 40 victorias en su carrera, hacía cuatro carreras vivía una inexplicable fase de mala suerte. Pero $chumacher, al fin alcanzó la 41ª victoria y se igualó con Ayrton Senna. Fue en el GP de Italia de 2000, en Monza, donde la fanática hinchada italiana, los tifosi, le habían preparado una frenética recepción.
Volví a recordar el yakudoshi. Asocié la hazaña de $chummy a la fiesta que recibió de los italianos. No sabría de amigos más capaces de un homenaje tan estrepitoso y sincero como los tifosi. Por las profecías, Michael $chumacher estaba salvado, había todo el oráculo de Japa.
Realmente, el 10 de septiembre de 2000 el alemán echó el yakudosi de las victorias. Aquel día oí la voz mansa de Japa en mi oído: «El 41º triunfo, no importa de quien sea, será con gran tristeza». La victoria de $chumacher ocurrió en una Gran Premio en que seis pilotos se accidentaron violentamente luego de la segunda curva, y en el cual el mundo vió, en vivo (y con gran la gran tristeza prevista por Japa), la trágica muerte de un bombero, alcanzado por una rueda.
Quince días después, $chummy retribuyó la fiesta que los amigos de Monza le ofrecieron en la victoria en el GP de Italia, con la 42ª victoria en el GP de los Estados Unidos, en Indianápolis. Después no perdió más. Ganó el GP de Japón, el de Malasia y el tricampeonato mundial, librando a Ferrari de penitentes 21 años sin un piloto campeón.
Aún me queda la duda sobre la profesía de Japa y las coincidencias del yakudoshi y del 42 (shi ni). Pero sus cosas todavía me hacen corto con mis convicciones: ¿por qué nunca conseguí preguntarle el nombre a Japa ni nunca pensé en fotografiarlo?

O mistério do 42 / The mistery of 42



I didn't write this text, I only translate it and to do it right I post the bibliographic quotation. And I suggest the reading of this book, you will know a more personal Ayrton Senna.

MARTINS, Lemyr. Bastidores - O Mistério do 42. In his: Uma Estrela Chamada Senna / A Star Named Senna. São Paulo. Editora Panda. 2001. pp. 116-119. ISBN: 85-87537-20-2


Ayrton Senna received the number 42 by mere chance. Happened in the entry of the junior category, the first for kart drivers, when the Paulista Federation provided the number according to the entry order. Ayrton had sympathy for that figure at once, to the point of identify a lot with it and be identified by it. He was called 42 by all the Interlagos kart drivers, and the more he won races and beat records the more he incorporated the 42.
One time he told me that, even when he didn't know why, felt like having a cabalistic relation between 42 and win. He admitted that identity could have born due to the first victory. So much that was disappointed when he couldn't use it in the kart world championships in Europe, in which the licenses were raffled and he couldn't surpass the runner-up.
Went back to the Brazilian kart and kept on wining with the 42. The day of the 1976 Paulista Champ's seize, a mechanic that we only knew by the nickname of "Japa" came close to him and, in a tone that the driver define me later as mystery and pleading, asked him to abandon the number 42. Ayrton didn't feel the courage to reply. Was paralyzed hearing Japa justify the reason of such appeal:
- 42 is shi ni (shi is 4 and ni is 2), which in Japanese pronounced together, formed the word "death".
That revelation intrigued the driver, what made Japa embolden to go on with the explanation:
- When a Japanese turns 41 years, enters the yakudoshi, a fateful period. To skulk the ominous phase, the birthday boy needs to have a huge spontaneous party as present from his friends and give it back with the same pomp when completing 42 years.

Ayrton Senna told me the story in 1989, when I praise his tight relationship with the Japanese Osamu Goto, the engineer responsible for the powerful Honda engines that gave him three F1 world championships, driving a McLaren.
- Why do they call you the more Japanese driver of the circus? - I asked him, when he was three time champion in 1991.
- Must be because I believe in their work and I effort to return on the track.
- And in the beliefs? - I needle.
- Well... that I respect.
- Even the yakudoshi?
- That is inciting... But I still have ten more years to reach the 41. Until there I resolve if I accept the party and give one back.

On April 28th, 2000, in the Indy training on Rio de Janeiro, I found Japa. He was, logically, twenty and some years more old, but he looked centenarian, an ancient, the long hair serried in a blue cap broken and bleached. He was who recognized me. Waived at me from a distance with short smiles and simple head expressions. After a while, I recalled the 42's story, looked for him at the circuit, but didn't see him anymore that afternoon.
After the race Japa showed up again, and then I was quickly to meet him. Maybe I fool myself, but the feeling was that he was already waiting for me. Politely, started to talk about the subject I bore in mind and still hadn't brought on.
- What a shame, but what happened was wrote - he said.
Of course he was referring to Ayrton Senna's tragedy, but I still didn't realize of any tie between it with the yakudoshi. Since Senna had died with 34 years. He, however, didn't give me time to throw my reply and made me a revelation and a prophecy:
- Shi ni, 42, death. Remember?
- Yes I do.
- Well, Ayrton stopped in the 41st win, didn't reach the 42nd.
Still I tried reasons using the coincidence logic, but again polite and mannerly, Japa passed the prediction.
- It doesn't matter if the 41st win is reached. When achieving, it will be with a great... — made a pause as if looking for the right word and carried on — ... sadness.
Disbeliever, because I don't think in witches, but they do exist, I remembered of Michael $chumacher that at that time, with 40 wins in his career, was four races that experienced an inexplicable bad luck stage. But Schumacher, finally, reached the 41st win and matched Ayrton Senna. It was in the Italian GP of 2000, at Monza, where the Italian fans, the tifosi, had prepared an exited reception.
I remembered about the yakudoshi again. Associated Schumy's exploit to the party he received from the Italians. I wouldn't know of more capable friends of a homage such noisy and sincere than the tifosi. For the prophecies, Michael $chumacher was saved, he had broken Japa's oracle.
Really, on September 10th, 2000 the German dumped the win's yakudoshi. That day I hear Japa's voice on my ear: "The 41st victory, it doesn't matter who reaches it, will be with a great sadness". $chumacher's won happened at a Grand Prix in which six drivers had a violent accident after the second turn, and the world watched, live (and with the sadness foresaw by Japa), the tragic death of a fireman, beaten by a wheel.
Fifteen days later, Schummy compensate the party that Monza's friends offered in the Italian GP win, with the 42nd victory in the United States GP, at Indianapolis. After that he didn't lose anymore. He won the Japanese GP, the Malasian and the third world championship, liberating Ferrari of 21 penitent years without a driver champion.
I'm still in doubt about Japa's prophecy and the coincidences of yakudoshi and 42 (shi ni). But his things still disturb with my faith: Why do I never was able to ask Japa's name and never thought of photograph him?

O mistério do 42



Este texto eu não escrevi, porem apenas traduzo pro espanhol e inglês, e para faze-lo corretamente deixo pra vocês a cita bibliográfica. Aliás sugiro a leitura deste livro, vão conhecer um Ayrton Senna mais pessoal.

MARTINS, Lemyr. Bastidores - O Mistério do 42. Em seu: Uma Estrela Chamada Senna. São Paulo. Editora Panda. 2001. pp. 116-119. ISBN: 85-87537-20-2


Ayrton Senna recebeu o número 42 por mero caso. Aconteceu na inscrição da categoria Júnior, a primeira na carreira dos pilotos de kart, quando a Federação Paulista forneceu o número de acordo com a ordem de inscrição. Ayrton logo teve simpatia por esses algarismos, a ponto de se identificar muito com eles e ser por eles identificado. Era chamado de 42 por todos os kartistas de Interlagos, e quando mais ganhava corridas e batia recordes mais incorporava o 42.
Certa vez me disse que, embora não soubesse por quê, sentia haver uma relação cabalística entre o 42 e a vitória. Admitia que essa identidade podia ter nascido por causa da primeira vitória. Tanto que ficou decepciondo quando não pôde usá-lo nos campeonatos mundiais de kart na Europa, nos quais o número da matrícula era sorteado e ele não passou de vice-campeão.
Voltou ao kart brasileiro e continuou a vencer com o 42. No dia da conquista do Paulista de 1976, um mecânico que nós só conhecíamos pelo apelido de "Japa" aproximou-se dele e, num tom que o piloto depois me definiu como de mistério e súplica, pidiu-lhe que abandonasse o número 42. Ayrton não se sentiu com coragem para retrucar. Ficou paralisado ouvindo o Japa justificar o motivo de tal apelo:
- O 42 é shi ni (shi é 4 e ni é 2), que em japonês, pronunciados juntos, formam a palavra "morte".
Aquela revelação intrigou o piloto, o que encorajou o Japa a continuar a explicação:
- Quando um japonês faz 41 anos, entra no yakudoshi, um período aziago. Para safar-se de fase agourenta, o aniversariante precisa ganhar uma grande festa espontânea dos amigos e retribuí-la com a mesma pompa quando completar 42 anos.

Ayrton Senna me contou a história em 1989, quando elogiei sua estreita ligação com o japonês Osamu Goto, o engenheiro responsável pelos potentes motores Honda que lhe deram o tricampeonato mundial de F1, a bordo dos McLaren.
- Por que eles o chamam de piloto mais japonês do circo? - preguntei-lhe, quando foi tricampeão em 1991.
- Deve ser porque acredito no trabalho deles e faço força para retribuir na pista.
- E nas crenças? - provoquei.
- Bem... aí eu respeito.
- Até o yakudoshi?
- Isso já é provocação... Mas eu ainda tenho dez anos para chegar aos 41. Até lá eu resolvo se aceito a festa e retribuo.

Em 28 de abril de 2000, nos treinos da Indy, no Rio de Janeiro, eu encontrei o Japa. Estava, logicamente, vinte e tantos anos mais velho, mas parecia centenário, um ancião, os cabelos compridos espremidos em um boné azul roto e desbotado. Foi ele quem me reconheceu. Saudou-me de longe com sorrisos curtos e singelos gestos de cabeça. Passado um tempo, me lembrei da história do 42, procurei-o no autódromo, mas não o vi mais naquela tarde.
Depois da corrida o Japa mostrou-se novamente, e então fui rápido ao seu encontro. Posso ter me enganado, mas a impressão foi de que ele já esperava por mim. Gentilmente, começou a falar sobre o assunto que eu trazia na cabeça e que ainda nem havia introduzido.
- Pena, mas o que aconteceu estava escrito - ele disse.
Claro que se referia à tragédia de Ayrton Senna, mas eu ainda não percebia nenhuma ligação dela com o yakudoshi. Mesmo porque Senna tinha morrido com 34 anos. Ele, porem, não me deu tempo nem de lançar a minha réplica e me fez uma revelação e uma profecia:
- Shi ni, 42, morte. Lembra?
- Lembro.
- Pois é, o Ayrton parou na 41ª vitória, não chegou à 42ª.
Ainda tentei argumentas com a lógica da coincidência, porém, outra vez maneiroso e gentil, o Japa passou à profecia.
- Não importa que chegue à 41ª vitória. Quando atingi-la, será com uma grande... - fez uma pausa como se procurasse a palavra certa e continuou - ...tristeza.
Incrédulo, porque non creo em brujas, pero que las hay, hay, me lembrei de Michael $chumacher, que naquela altura, com 40 vitórias na carreira, há quatro corridas vivia uma inexplicável fase de azar. Mas Schumacher, enfim, alcançou a 41ª vitória e igualou.se a Ayrton Senna. Foi no GP da Itália de 2000, em Monza, onde a fanática torcida italiana, a tifosi, havia lhe preparado uma frenética recepção.
Voltei a me lembrar do yakudoshi. Associei a façanha de Schummy à festa que ele recebera dos italianos. Não saberia de amigos mais capazes de uma homenagem tão estrepitosa e sincera do que os tifosi. Pelas profecias, Michael Schumacher estava salvo, tinha quebrado o oráculo do Japa.
Realmente, em 10 de setembro de 2000 o alemão varou o yakudoshi das vitórias. Naquele dia ouvi a voz mansa do Japa em meu ouvido: "O 41º triunfo, não importa de quem seja, será com grande tristeza". A vitória de $chumacher ocorreu em um Grande Prêmio em que seis pilotos se acidentaram violentamente logo na segunda curva, e no qual o mundo assistiu, ao vivo (e com a tristeza prevista pelo Japa), à trágica morte de um bombeiro, atingido por uma roda.
Quinze dias depois, Schummy retribuiu a festa que os amigos de Monza lhe ofertaram na vitória no GP da Itália, com a 42ª vitória no GP dos Estados Unidos, em Indianápolis. Depois não perdeu mais. Ganhou o GP do Japão, o da Malásia e o tricampeonato mundial, livrando a Ferrari de penitentes 21 anos sem um piloto de campeão.
Ainda fico em dúvida sobre a profecia do Japa e as coincidências do yakudoshi e do 42 (shi ni). Porém suas coisas ainda mexem com as minhas convicções: por que nunca consegui perguntar o nome do Japa nem nunca pensei em fotografá-lo?

 
Website Traffic Statisticsmortgage lenders