lunes, 14 de septiembre de 2009

Preâmbulo de nossa Constituição Nacional

Lembro que sendo pequena assistia aos discursos do Presidente desse momento Raul Alfonsín pela televisão. Não tenho uma memória exata do que ele dizia mas sim lembro que era uma beleza olhar a Praça de Maio cheia de pessoas, lembro ser uma menina - não tinha mais de 10 anos - e sentir que era uma beleza que o pessoal participara na política com tanto fervor.
Das palavras que eram ditas nesses discursos só lembro um par. Aqueles momentos em que desde o cenário o presidente solicitava que algum médico se aproximara até onde poderiam ter alguma pessoa com problemas e o preâmbulo com o que acabava seus discursos.
Faz uns seis meses que Alfonsín morreu, e para surpresa de muitos uma enorme quantidade de pessoas saiu a despedi-lo. Suponho que esta multidão estaria muito emparentada com aquela praça enchida de fervor democrático... o que acontece é que na maioria das vezes achamos como algo natural muitas coisas cotidianas, e esquecemos que em outros momentos houve que brigar por isso.
Falando nisso, Alfonsín foi renomado "O Pai da Democracia", provavelmente porque acabava seus discursos com o preâmbulo, a oração laica com a que começa nossa Constituição Nacional, aquela que foi violada durante os golpes militais e que atualmente muitos politiqueiros de plantão não respeitam em absoluto.

Extrato do discurso da assunção Presidencial do Alfonsín.

“Compatriotas: Iniciamos todos nós hoje uma nova etapa da Argentina. Iniciamos uma etapa que sem dúvida será difícil, porque temos a enorme responsabilidade de segurar hoje e para os tempos a democracia e o respeito pela dignidade do homem na terra argentina.

“Sabemos que são momentos duros e difíceis, mas não temos nenhuma dúvida, vamos arrancar os argentinos, vamos sair para frente, vamos fazer o país que nos merecemos. E vamos poder fazê-lo, não por obra e graça de governantes iluminados porem por isto que a praça está cantando, porque o povo unido jamais será vencido.

“Uma feliz circunstância tem querido que este dia em que os argentinos começamos esta etapa de 100 anos de liberdade, de paz e de democracia, seja o Dia dos Direitos Humanos. E queremos, em conseqüência, comprometer-nos uma vez mais: vamos trabalhar categórica e decisivamente pela dignidade do homem, a quem sabemos tem que lhe dar liberdade, porem também justiça, porque a defesa dos direitos humanos não se esgota na preservação da vida, mas alem também o combate que estamos absolutamente decididos a livrar contra a miséria e a pobreza em nossa Nação.

“Me comprometo novamente trabalhar junto com todos vocês para concretar os objetivos que temos apregoado por toda a extensão da geografia argentina, e fazer certos esses objetivos que os homens que nos deram a nacionalidade nos apresentam como um mandato que agora sabemos está no alcance de nossas mãos.

“Entre todos vamos construir a união nacional, consolidar a paz interior, afiançar a justiça, prover a defesa comum, promover o bem-estar geral e segurar os benefícios da liberdade para nós, para nossa posteridade e para todos os homens do mundo que desejem habitar o solo argentino”.

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